domingo, 13 de dezembro de 2009

A véspera

Estávamos todos na correria, como sempre. Nosso círculo de amigos, quase todos jornalistas, também. Liguei para o Edu, tentando convencê-lo a ir ao teatro conosco, assistir ao espetáculo de dança "Cisne Negro". Ele me disse estar exausto, pois um dia antes teria ido à uma coletiva de imprensa e ainda estava na revista, trabalhando.

Ah, vamos Edu! insisti.

Ele sorriu, com aquele jeito sedutor. Disse que talvez fosse pra casa dormir um pouco, iria decidir mais tarde.

Me encontrei com a jornalista Vivian Avellar e fomos ao teatro Municipal de Osasco. Ficamos na fila cansadas e famintas mas também sedentas por arte. Olhavamos no relógio e nada do Edu. Consegui reservar dois convites, embora soubesse, secretamente, que ele não nunca precisava de ingressos para assistir qualquer espetáculo de arte. Era sempre é o convidado especial.

No início do espetáculo ele chegou. Atrasado, esbaforido e sorridente. Nos cumprimentou um beijo como sempre carinhoso. Mas mal tivemos tempo de conversar. Estávamos eu, as advogadas Aurélida Cândido (minha sogra)e Dani Yogui, os jornalistas Plínio Rodrigues e Vivian Avellar, seu marido e poeta Moa Cerqueira e nosso prezado articulista de cultura Edu Dias.

No final do espetáculo estávamos todos literalmente exaustos. Não pela apresentação, que fora belíssima. Mas pela dura rotina que nos engole, não víamos a hora de cair na cama. Edu ainda insistiu para irmos à um Café. Recusamos, exceto Plínio, que teve o privilégio de acompanhá-lo em mais uma de suas deliciosas filosofias. Fomos embora: "Fica para próxima Edu"

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